quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Um pouco de Pandeiro e "Chorinho"...

JACK SOUL BRASILEIRO : música 01.
                                (Lenine)

Jack Soul Brasileiro
E que o som do pandeiro
É certeiro e tem direção
Já que subi nesse ringue
E o país do swing
É o país da contradição

Eu canto pro rei da levada
Na lei da embolada
Na língua da percussão

A dança mulango dengo
A ginga do mango lengo
É o charme dessa nação

Quem foi que fez o samba embolar ?
E quem foi que fez o coco sambar ?
Quem foi que fez a ema gemer na boa ?
E quem foi que fez do coco um cocar ?
E quem foi que deixou o oco no lugar ?
E que foi que fez o sapo cantor de lagoa ?

Diz aí Tião ?
Vai Tião! (oi)
Fostes ? (fui)
Compraste ? (comprei)
Pagaste ? (paguei)
Me diz quanto foi ? (foi 500 réis)
Me diz quanto foi ? (foi 500 réis)

Jack Soul Brasileiro do tempero
Do batuque, do truque, do picadeiro e do pandeiro
E do repique, do pique do funk rock
Do toque da platinela
Do samba na passarela
Dessa alma brasileira
Despencando na ladeira
Na zoeira da banguela


Eu só ponho o Hip Hop no meu samba
Quando o tio Sam pegar no tamborim
Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba
Quando ele entender que o samba não é rumba
Aí eu vou misturar, Miami com Copacabana
Chiclete eu misturo com banana
E o meu samba, e o meu samba vai ficar assim

Ah ema gemeu......
Aaaaah ema gemeu


( Para baixar essa música : http://www.4shared.com/get/3DvGFIJM/lenine_-_jack_soul_brasileiro.html )

RELAMPIANO : música 02.
            ( Lenine)

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Todo dia é dia, toda hora é hora
Neném não demora pra se levantar
Mãe lavando roupa, pai já foi embora
E o caçula chora pra se acostumar
Com a vida lá de fora do barraco
Hai que endurecer um coração tão fraco
Para vencer o medo do trovão
Sua vida aponta a contramão

Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá relampiano, cadê neném?
Tá vendendo drops no sinal pra alguém
Tá vendendo drops no sinal...

Tudo é tão normal, todo tal e qual
Neném não tem hora para ir se deitar
Mãe passando roupa do pai de agora
De um outro caçula que ainda vai chegar
É mais uma boca dentro do barraco
Mais um quilo de farinha do mesmo saco
Para alimentar um novo João Ninguém
E a cidade cresce junto com neném 


Segue, abaixo, uma exposição que fiz acerca das músicas apresentadas, realidades brasileiras.


     Sinal e faixa: Brasil nas janelinhas: " Moço, tenho drops e batuque de solução ". 

   Estamos completamente  permeados por diversidades étnicas, culturais, musicais, regionais e linguísticas. Vivemos em uma nação, cuja raça é o próprio meio, sendo, portanto, inversamente proporcional à intolerância, às sídromes multiculturais que ocorrem em países tantos. Entretanto, nada está invulnerável aos ataques de certos "antígenos". Há uma grande "biologia social" para ser reparada. E mesmo em lugares de massapê completamente frutíferos, podem haver pragas vestindo camisas da seleção.
   "Nosso Brasil" é bem mais que "bipolar"! Personalidades tão desiguais cortam, cotidianamente, aquilo que chamamos de retrato da nação. Há dias de felicidade. Notícias agradáveis em todos os cantos. Há dias de tristeza, "depressão verde e amarela". Têm os momentos de muita revolta e amor. Têm até as horas que nem sei... mas que não passam despercebidas por muitos outros. A nação tem seus muitos privilégios de orgulho. Aqui, árabes podem abraçar judeus sem o risco de explodirem juntos. Em alguns casos, pode-se até procurar pastores num terreiro. A galinha da oferenda ( coitada ) é a mesma do almoço do dia seguinte. E todos comem juntos ao som de "Ave Maria"... Que ironia. Aves...
   Infelizmente, todo grande são tem seus dias de chagas. Assim como tantos outros lugares do mundo, o Brasil atravessa suas típicas "chuvas tropicais". E, conforme mostram as músicas de Lenine, somos marcados por grandes oposições realísticas. Temos enormes riquezas culturais, históricas. Mas sofremos com uma outra variabilidade - talvez, oriunda de genes de descaso -, que chamamos, delicadamente (!), de caos social. O cotidiano, nas cidades, parece ter passado por uma reforma em seus contrastes. "O cinza" tomou, ainda mais, as audiências. O quadro da realidade perdeu suas muitas cores. Crianças estão deixando de colorir. A diversidade, que, hoje, temos é a de jovens desesperados por carinho, simples olhares. Foram lançadas ervas de desigualdade em muitos territórios mentais. Latifúndios.
   Mas há um fervor tipicamente brasileiro. Existem páginas em branco feitas para mudarmos a história. Nossa junção cultural - geneticamente gentil - ao governo possibilitará significativas mudanças socias. Com sérios investimentos e boas manipulações estatais nos setores educacionais e psico-sociais, será possível desenvolver grandes projetos  de reincorporações educativas e espaciais, o que equilibrará o "sistema imunológico crítico da sociedade", pondo-a num patamar de reajuste humanitário, ligando isso à "cultura Pindorama", tornando-a ainda mais rica em bases mentais ( a visão de um todo, a comunidade humana ), com menos "nenéns"... e com mais coco feito cocar.


                                                                                           ( Thiago Vieira Cruz )

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Afeiçoados. Mais que isso.

        Pensar na maravilha de vos ter tido em momentos nem distantes, nem próximos, me deixa num lugar, no qual só poderia haver algo: saudade... Alguns muitos momentos mais felizes da minha vida foram levantados por vocês, engenheiros do meu coração. É incrível como, em certos momentos da vida, pessoas novas aparecem, deixando tudo que era chato para trás. Vai-se a monotonia, vai-se o entristecer. Descobrimos músicas novas, livros, opiniões, novos abraços, sorrisos lindos... E os versos que escrevemos em cada parágrafo de viver acabam se transmutando em novidade que, talvez, um dia, nem imaginamos... E tudo fica importante. E tudo acaba em gargalhadas, que, outrora, pareciam infinitas...
        Foi com os amigos que aprendi que dar "adeus!" fica difícil quando o que se mais quer é, sinceramente, abraçar. Sinto-me tão privilegiado por ter amigos como os que tive - e que TENHO! Não poderia esquecer cada conselho, cada voz, cada energia transmitida sob formas tão particulares. O coração vira amor quando vejo fotos. Os olhos... eles ficam simplesmente brilhantes. A importância verdadeira é vos ter como relicário maior. E se já o são, deixem-me vos apreciar apenas. 
        E neste amor, que se dissemina lindamente em nossos pensamentos, acabou-me roubando emoção maior uma amizade que  foi crescendo. Tenho uma metade que é meu todo... MBLS ( Meu Bem, Lembro-te Sempre)... Isso é bom! Escrita, fala, mundo, coração, emoção... Amoramizade.
        Se vocês  fossem meus filhos, talvez não os cuidasse tão bem. Por isso, Deus os quis meus amigos. E vocês conseguem se cuidar melhor. Mas, se quiserem, podem chegar na minha porta e desejar "bom dia", que tomaremos café e conversaremos sobre engenharias, psicologias, enfermagem e medicina... Falarei algo de cursinho. Mas para vocês é tudo novidade. E eu me sentiria completamente feliz...
        Enquanto isso, não sei, exatamente, o que pensam sobre o que "se foi"  e o que virá. Mas o que me importa são as suas vidas. É com elas que brinco de sentir felicidade por saber que respiram. E quando tudo está bem, sinto que todos suspiramos, como se respirássemos em conjunto, expirando, no final, um " Ainda estamos juntos aqui ". Bens, não de consumo, mas mais que duráveis. Eternos!
        Simplesmente feliz por cada um, meu tempo vos agradece com um abraço que vos deixei...









                                                                                 
                                                                                           (Thiago Vieira Cruz)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Noções de concórdia



       A Vida é cheia de conceitos. E o conceito nada mais é que doque uma expressão sintética, uma síntese vocabular das coisas, atitudes e pessoas. Por isso, não poderíamos parar qualquer alguém no meio de um caminho e dizer: " Espero que estejas bem, conceito! ". Afinal, em casos muitos, há o que não esteja em sua síntese completa. E os fragmentos andam por aí, nas salas, nas ruas... Existem todos os tipos de tipos. Há particularidades, porém. Logo, nasce um jogo de expressões. Vidas cheias de conceitos...
      E, por mais que tenhamos a ocasião das palavras, certos momentos da vida não se podem resumir, os olhares se espantam. No atrito, ideias cruas assam outras. O próprio despreparo se conurba na certeza da evolução. Todavia, o olhar pode se afastar completamente das ideias, o que deve gerar um momento isolado, de auto entendimento. A marca reinante é a do futuro. Incerto. Novamente.
      Entretanto, se o conceito é também uma opinião, nada melhor que a união de mentes, em cópulas de ideias e ideais. É como se fosse a introdução de genes de outros em outros. O melhor, clareado e repassado... Articulações, períodos... Sexualidade de brinquedo. Provocante. Realidade aquecida. Alguém aponta para que se caminhe numa estrada que ruma, talvez, incerta, porém, em busca dos diversos sabores de viver os tantos tipos de felicidades que se disseminam em cópulas oferecidas pela própria vida em conceitos diversos, coocriados pelos simples "queremos"  nossos. Ideias irmãs. Incesto sagrado! Somas não aleatórias...


Por:  Marcela Santos  &  Thiago  Cruz The first record )